terça-feira, 26 de junho de 2007


Detalhe da obra "IN RIO", de Anderson Thives, que está em exposição no Museu de Arte Sacra do Rio de Janeiro, na mostra "CORES DA PAIXÃO", sob curadoria do Padre José Roberto.
a obra...

Neste trabalho intitulado “IN RIO”, a temática é forte, porém simples. O artista vai direto ao tema, com a inscrição “óbvia”, e crucificando um Jesus Cristo, forte, bronzeado, marginalizado, em pleno morro (não se sabe qual) da cidade do Rio de Janeiro, com as cores de fundo contrastando e fundindo-se, mostrando a ambigüidade das paisagens: crucificado na favela, e com sua própria imagem de “Cristo redentor” ao fundo, mostrando dois lados de uma cidade maravilhosa... Assim sendo, ele vem...vem com um olhar distante, como se Ele próprio estivesse buscando a solução...a solução para o ser humano. Seria isso?..Com um olhar marginal, ele pede identificação, solução, ação, emoção...mais amor!

amém

"IN RIO"
colagem sobre papel panamá
0,80x1,00
2006

O MUSEU DE ARTE SACRA
Este Museu encontra-se situado no subsolo da Catedral. Por volta de 1950 o então Padre Ivo Antonio Calliari, a pedido do Arcebispo iniciou a coleta de peças religiosas para a formação do Museu de Arte Sacra da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, a ser instalado na futura catedral.Em 16 de novembro de 1976, como parte das comemorações do tricentenário do Bispado de São Sebastião do Rio de Janeiro, o então Arcebispo, Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales, criou o Museu Arquidiocesano de Arte Sacra - MAAS, em cerimônia realizada na Sacristia da nova Catedral.Em 15 de agosto de 1979 foi instalado no subsolo.O acervo do M.A.A.S. conta com 4393 (quatro mil, trezentos e noventa e três) peças registradas, sobre vários assuntos, como: escultura, pintura, mobiliário, prataria, porcelana, indumentária religiosa, medalhística, condecorações, livros litúrgicos, joalheria, objetos devocionais, coleção João Paulo II...Possui ainda um número bastante elevado de peças que necessitam ser conservadas, restauradas e registradas.



Aquelas mãos que abençoaram a todos
estão agora pregadas na cruz,
aqueles pés que tanto caminharam
para semear esperança e amor
estão agora presos ao patíbulo.
Porquê, Senhor?
Por amor![1]
Porquê a paixão?
Por amor!
Porquê a cruz?
Por amor!
Porque é, Senhor, que não desceste da cruz
respondendo às nossas provocações?
Não desci da cruz
porque, caso contrário, teria consagrado a força
como senhora do mundo, quando é o amor a única força
que pode mudar o mundo.
Porquê, Senhor, este preço tão oneroso?
Para vos dizer que Deus é Amor,[2]
Amor infinito, Amor onipotente.
Credes-Me?
[1] Jo 13, 1.
[2] 1 Jo 4, 8.16.